Você que já tem seu próprio negócio operando ou você que pensa em abrir o seu, independente do tipo de negócio, você terá que responder às três questões a seguir de uma maneira ou de outra:
Quais investimentos de longo prazo você deve fazer? Ou seja, em quais linhas de negócio você está e que tipo de instalações, maquinário e equipamento precisa ter?
Onde você conseguirá o financiamento de longo prazo para pagar o seu investimento? A empresa terá outros sócios ou tomará dinheiro emprestado?
Como você gerenciará suas atividades financeiras diárias, como cobrança de clientes e pagamentos de fornecedores?
Sem dúvida, essas não são as únicas questões, mas elas estão entre as mais importantes.
A primeira questão diz respeito aos investimentos de longo prazo da empresa. O processo de planejamento e gerenciamento desses investimentos é chamado de orçamento de capital, no qual você tenta identificar as oportunidades de investimento que valem mais para a empresa do que seu custo de aquisição. De modo geral, isso significa que o valor do fluxo de caixa gerado por um ativo excede seu custo de aquisição e manutenção.
Os tipos de oportunidade de investimentos que, em geral, seriam considerados dependem, em parte, da natureza dos negócios da empresa. Por exemplo, para uma pequena mercearia, expandir sua atividade e tornar um supermercado ou não seria uma decisão importante do orçamento de capital. Algumas decisões, como qual tipo de sistema de computadores deve ser comprado, podem não depender tanto de uma linha específica de negócios.
Independente de natureza específica de uma oportunidade que está sendo considerada, você deve se preocupar não apenas com a quantidade de dinheiro que espera receber, mas também quando espera recebê-lo e a probabilidade de recebê-lo. A avaliação do tamanho, do tempo e do risco dos fluxos de caixa é a essência do orçamento de capital. Na verdade, sempre que avaliar uma decisão de negócios, o tamanho, o tempo e o risco dos fluxos de caixa são, sem dúvida, as coisas mais importantes a serem consideradas.
A segunda questão diz respeito aos modelos pelos quais a empresa obtém e administra o financiamento de longo prazo que precisa para suportar seus investimentos de longo prazo. A estrutura de capital (ou estrutura financeira) de uma empresa é a combinação específica entre o exigível a longo prazo e o patrimônio líquido que empresa usa para financiar suas operações.
Neste ponto você terá duas preocupações. Em primeiro lugar, quanto deve tomar emprestado? Ou seja, qual combinação entre exigível a longo prazo e patrimônio líquido é melhor? A combinação escolhida afetará o risco e o valor da empresa. Em segundo lugar, quais são as fontes menos caras de fundos?
As empresas têm uma flexibilidade muito grande ao escolher uma estrutura financeira. Descobrir se uma estrutura é melhor do que qualquer outra é crucial para questão da estrutura de capital.
Além de solucionar a questão da combinação de financiamento, você precisa resolver como e de onde o dinheiro deve ser levantado. As despesas associadas ao levantamento de financiamento de longo prazo podem ser consideráveis, de modo que várias possibilidades devem ser analisadas com cuidado.
A terceira questão diz respeito à administração do capital de giro. Esta é uma atividade diária para garantir que a empresa tenha recursos suficientes para continuar suas operações e evitar interrupções caras. Envolve várias atividades relacionadas ao recebimento e às saídas de caixa da empresa.
Algumas perguntas sobre o capital de giro que devem ser respondidas incluem:
Quanto de caixa e estoques têm de ser mantidos?
Devo vender a créditos? Nesse caso, quais condições devo oferecer e pra quem esse crédito será concedido?
Como vou obter o financiamento de curto prazo? Tomarei crédito emprestado a curto prazo e pagarei em dinheiro? Se tomar emprestado a curto prazo, como e onde devo fazê-lo?
Essa é uma pequena amostra das questões que surgem na administração do capital de giro de uma empresa.
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